Massa Crítica * Portugal

Fui um dos dois estreantes, nesta bicicletada (o que tem a bicicleta de marca Kona). Como foi a primeira vez que fui, abstive-me de manifestar as minhas opiniões no passeio, e preferi ver como tudo se desenrolava até ao fim. Após mais alguma reflexão, não posso deixar de manifestar a minha opinião:

Acho que a atitude de circular no eixo de via e impedir a passagem dos automóveis, tomada por um dos participantes, só poderá resultar, a curto ou longo prazo, na criação de antipatias e má opinião por parte dos outros transeuntes, acerca dos passeios da Massa Crítica e dos utilizadores de bicicleta urbanos. Penso que o objectivo dos passeios deveria ser a promoção do uso da bicicleta na cidade, em harmonia com os outros meios de transporte, e não "em guerra" contra os automóveis. É impossível convencer um automobilista a deixar o carro em casa, colocando-nos em frente a ele e impedindo a sua passagem e atrasando-o. Para além de perigoso, na minha opinião, isso só fará as pessoas passarem a detestar bicicletas e ciclistas.

Outro participante persistiu durante o passeio, em gracejos e comentários de gosto e educação discutíveis. Infelizmente, por razões de saúde, não o podemos responsabilizar totalmente pelo que diz e faz, mas o que é certo é que o comportamento que ele teve durante o passeio, resulta também na transmissão de uma má imagem do grupo, aos transeuntes. Penso que seria benéfico tentar incutir-lhe um pouco de contenção nos passeios futuros.

Quando acho que não há espaço suficiente na via para os automóveis me ultrapassarem em segurança, por vezes também opto por me colocar no meio (não vá passar por mim algum condutor achar que o carro tem 1,5 m de largura, quando tem 2 na realidade). Mas, mesmo numa situação dessas, procuro ser um pouco mais rápido e encosto assim que haja oportunidade.

Agora, o que se passa no passeio da Massa Crítica, é que o participante em questão se coloca deliberadamente no eixo de via sozinho, haja ou não espaço, ou mesmo quando há duas faixas para circular. Como a nossa velocidade de circulação é muito baixa, formam-se pequenas filas de trânsito e alguns automobilistas chegam a irritar-se. Acho que a ideia dele é dar uma maior visibilidade ao grupo, no entanto acho que é preferível pouca visibilidade com boa fama, do que o contrário.

Tenho BASTANTE experiência a conduzir, quer bicicletas, quer automóveis.

O comportamento do ciclista em questão teve o objectivo único de impedir momentaneamente o trânsito. Ele próprio desafiou-nos para nos juntarmos a ele no meio da via. Não se trata de uma forma diferente de conduzir a bicicleta. Ele encara os passeios como uma manifestação um pouco mais radical, do que o que eu acho que deveria ser. Essa é a razão do meu comentário.

olá miguel, acho que sou eu a tal pessoa.

Tens razão em dizer que sou mais radical que a média do grupo. Mas uma das características da Massa Crítica, que eu suponho sempre que seja concensual entre os participantes, é a de formar um grupo compacto e ocupar uma faixa. Durante o passeio em grupo eu tento me comportar de acordo com esse principio. Muitas vezes o que observo é que os participantes ficam timidamente encostados na berma. A Massa Crítica deixa de existir nesse momento, porque nos dispersamos. No que eu acho que é o espírito da Massa Crítica, eu tento abrir o espaço para que os ciclistas possam voltar a preenche-lo.

Quando circulo sozinho procedo de forma diferente.

Não sei como pode ter havido uma situação em que o grupo tenha ocupado duas faixas como tu dizes... talvez estejas a pensar na rua do Campo Alegre? mas aí uma das faixas é BUS e não devemos andar nela durante a Massa Crítica.

Seja como for, duma próxima vez podes me chamar a atenção no próprio momento se achares que estou a ir longe demais.

Acho que as questões relativas ao equipamento condutor, bicicleta e circulação durante a MC devem ser abordadas antes de começarem a circular. É mau exemplo para todos, mau para a segurança e não está de acordo com código da estrada circular p ex sem luzes ao fim da tarde.

O que fazer se um condutor nos aparece na MC sem luzes? Manda-se para casa? Sugere-se que circule entre bicicletas com luzes? Por isso acho aconselhável pôr uma nota também nos cartazes e mails da MC para trazerem luzes e reflectores e que o capacete é optativo, estas são as questões que as pessoas mais perguntam (eu fiz assim).

Mais que quantidade para fazer "massa", interessa manifestar educando, com qualidade. Educar os peões, automobilistas e outros ciclistas que nos vêem. Não acho nada bem quando vejo andar a fazer cavalinhos nos passeios pelo meio dos peões, p ex, estas atitudes e outras já aqui faladas dão má imagem do ciclista,que passa de pobretanas (coitadinho, só tem € para andar de bicicleta! ...O quê, essa bicicleta custou 500€??) a javardo e perturbador da ordem pública, um bocado à bikemessenger em Nova Iorque.

Interessa ter algum número para chamar as atenções, mas que dê o bom exemplo. Está bem qiue nos EUA eles fazem parar o trânsito e deitam-se no chão e nós também gostavamos de fazer isso (digo eu!), mas eles habituados a tanta manif têm de fazer algo mais radical para conseguir as atenções. Aqui, as pessoas vêem um grupinho de biclas juntas, ai ai, que chatos, o que é que estarão a fazer, já me vão atrasar que não os consigo ultrapassar...e aí o grupinho pode distribuir uns folhetos "Preso no trânsito" e falar com os condutores enquanto aguardam o semáforo verde...ah, afinal eram de um movimento para andar de bicicleta na cidade, até eram simpáticos...agora que falam nisso, se calhar até vou pegar na bicla este fim-de-semana! Oh Pai, eu quero uma bicicleta nova igual aquela!!Ele diz que só demora 7 minutos na bike até à escola e tu demoras 15, que seca, chego sempre atrasado!

Muito à direita tem a vala de esgoto com desnível, buracos entre camadas de asfaltamento, lixos e vidros, as portas dos carros que abrem de repente, os carros que arrancam do estacionamento de repente; muito ao meio/esquerda da faixa pode originar ultrapassagens perigosas dos automobilistas irritados e apanharmos um apertão ou estilhaços. Isto origina sempre muita discussão entre mim e outras pessoas que andam comigo. Se a MC tem um grande volume de ciclistas justifica-se que encham um bocado mais a faixa, agora não deixar passar os outros veículos que querem ultrapassar não acho necessário. Para fazer uma manif organizada, ter-se-ia que comunicar à PSP e o espírito da última 6f do mês/MC é livre.

Olá a todos, não encontrei outra forma de vos contactar,mas venho por este meio perguntar se a MC do Porto está interessada em participar no evento Porto Ecologia na Cidade que será realizado nos dias 1 e 2 de Maio no Porto, com uma bicicletada extra, a sair da praça dos leões como habitualmente. O contacto já tinha sido estabelecido com o Daniel mas não obtivemos nenhuma resposta até ao momento. Neste evento já contamos com o apoio e parceria de associações como o Gaia, Quercus, Terra Viva, Campo Aberto, Fundaçao Moa, Quintal, Terramoja, entre outras. O evento será itinerante,mas será sobretudo na zona de Miguel Bombarda. Seria um prazer que a MC colaborasse no evento e ficamos a aguardar uma resposta breve pois já temos o programa todo definido e esta semana a publicidade já deve circular e queremos ter uma bicicletada de qualquer maneira... Um abraço Zé Miguel AGIL

Olá Zé Miguel :-)

(...) não encontrei outra forma de vos contactar,mas venho por este meio perguntar se a MC do Porto está interessada em participar no evento Porto Ecologia na Cidade que será realizado nos dias 1 e 2 de Maio no Porto, com uma bicicletada extra, a sair da praça dos leões como habitualmente. (...)

O melhor será tu mesmo colocares um novo evento no calendário, divulgando assim a vossa bicicletada aqui no site, para toda a gente.

Estou curioso, aguardo por mais informações... gostaria de participar.